quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A PRIVATARIA TUCANA

Finalmente, hoje, um membro da Rede Gloebbels, reconhece a existência do livro de Amaury Ribeiro Junior que se tornou um fenômeno editorial em apenas três dias após o lançamento.
O livro está esgotado e a editora prepara a distribuição de mais 50 mil exemplares. É um sucesso estrondoso obtido apenas com a promoção feita pelos blogs e redes sociais.
A Folha de São Paulo dedicou um espaço interno para o livro sugerindo que se tratam de ilações do autor que teria sido contratado pela campanha da Dilma para montar um dossiê contra Serra.
Esquece a Folha que a Veja, quando ainda fazia jornalismo com seriedade, foi a primeira a publicar um libelo contra o principal acusado no livro – Ricardo Sérgio de Oliveira – um grande amigo de José Serra.
De toda a mídia, apenas a Carta Capital, que não faz parte da Rede Gloebbels, abriu espaço para o livro-reportagem que conta – e prova com documentos oficiais – toda a bandalheira com dinheiro público na onda de privatizações durante o governo FHC/Serra.
Amaury Ribeiro Junior, um jornalista renomado, é contratado da Rede Record que deu ampla cobertura à divulgação do livro após esgotar a primeira edição.
Como se vê na reportagem do Jornal da Record sobre o livro:

Na Record News, o livro também foi tema de reportagem:

Amaury Ribeiro Junior deu uma longa e cômica entrevista a Paulo Henrique Amorim:

Este é um modelo irrepreensível da atuação da Rede Gloebbels. Seguindo o conselho de Ricupero, o que é bom para a oposição eles escandalizam na primeira página; o que é ruim eles escondem.
Entrevistado, José Serra disse que o que há no livro é lixo. De fato, é. A começar pelos personagens.
O grande combatente da corrupção no país – o senador Álvaro Dias - aquele que está sempre disponível para fazer declarações contra os que são acusados pelos membros da Rede Gloebbels por quaisquer deslizes não quis fazer nenhuma declaração sobre o assunto.
A Veja desta semana preferiu atacar petistas de Minas Gerais e nem tocar no tema que está fervendo na internet. Porém, sua capa insinua que o livro é mais uma trama dos falsários petistas.
Fica assim provado que eles são contra toda a corrupção que possa existir no governo Dilma e no PT, mas nem ligam para a corrupção dos membros da oposição.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

TV GLOBO CONFESSA MANIPULAÇÃO

Por Marco Antônio Araújo

Ah, o tempo é senhor da razão. Se ainda havia alguma dúvida, acabou: A TV Globo conspirou contra a democracia, atentou contra os ideais republicanos, traiu sua audiência, manipulou imagens e ajudou a eleger o pior presidente da história deste País, Fernando Collor de Mello.
Fossemos uma nação honrada, com leis a serem respeitadas, tivéssemos uma Justiça para todos, a emissora da família Marinho deveria perder a concessão pública que a autoriza a manter uma emissora de TV.
E a confissão de culpa foi veiculada na Globo News. Com desfaçatez que beira o insulto, o então todo poderoso José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o famigerado Boni, admitiu, em entrevista a Geneton Moraes Neto, que, sim, a Globo ajudou a praticar a maior fraude eleitoral da história do Brasil.
Boni, sempre na primeira pessoa do plural, confessa que, durante o escabroso debate eleitoral com Lula, em 1989, agiu como assessor político de Collor, compondo seu visual e tendo a brilhante ideia de colocar as famosas pastas empilhadas que fizeram a todos crer que ali havia volumosas denúncias contra o candidato do PT. Detalhe sórdido: as pastas estavam vazias.

Boni não tocou no assunto da criminosa edição do debate que iria ao ar no dia seguinte, no Jornal Nacional. Nem precisava. Chegamos a essa conclusão por mero raciocínio lógico. Todos sabem como aquelas imagens distorcidas foram determinantes para a vitória do presidente que viria a sofrer o primeiro processo de impeachment das democracias ocidentais. Agiram como sabotadores, terroristas das comunicações, para colocar no Palácio do Planalto o homem corrupto de que de lá seria expulso pelo povo, a pontapés.
Também não precisava falar mais do que isso, o bonachão cínico. Talvez no futuro seja obrigado a dizer, nas barras de algum improvável tribunal. Sugiro que lhe deem o privilégio da delação premiada, para que a verdade também atinja os poucos homens que estavam acima de Boni, entre eles Roberto Marinho.
Collor nega que recebeu ajuda. Também, pudera. Só faltava ele ser sincero uma vez na vida. Mas percebam o ato falho, em entrevista à Folha de S. Paulo: “Nunca pedi a ninguém para falar com o Boni, meu contato era direto com o doutor Roberto". Ah, tá. Foi o chefão mesmo que o ajudou?
Já o atual diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, diz que toda essa sujeria "foi uma iniciativa do Boni, como cidadão, mesmo que com o consentimento de Roberto Marinho". Hum? Se houve consentimento, como separar pessoa física de pessoa jurídica? Esse Kamel, é só apertar que entrega tudo...
Se alguém não julga sérias e estarrecedoras as declarações do ex-capo da rede Globo, merecia perder a cidadania brasileira e ser deportado para algum país árabe que ainda viva sob o jugo de uma ditadura moribunda. Ignorar a gravidade dessas confissões é abdicar da própria cidadania.
Com a palavra, o Ministério Público, o Congresso Nacional, o Ministério das Comunicações, o Supremo Tribunal Federal e todos os brasileiros que foram vítimas desse crime que quase destruiu nossa República.

Transcrito do blog O Provocador

domingo, 27 de novembro de 2011

A CHEVRON E A OMBUDSWOMAN DA FOLHA

Após reunião com a Presidenta Dilma, a ANP decidiu suspender todas as atividades de perfuração da poderosa Chevron-Texaco no Brasil, a imprensa, então, que parecia proteger a gigante inglesa acordou e passou a noticiar o vazamento de petróleo no mar de Campos/RJ.
Creio que tal acidente foi o que melhor poderia ter acontecido neste momento em que se discutem os royalties do petróleo e tentam prejudicar o estado do Rio de Janeiro.
O despertar da imprensa culminou com o artigo que Suzana Singer, atual ombudswoman da Folha, publicou em seu próprio jornal e que reproduzo a seguir.
Pelos comentários dela, creio que seguirá o mesmo caminho de outros ombudsman daquele jornal: a demissão.
 

A grande imprensa foi passiva e demorou a perceber a gravidade do vazamento da Chevron

 

por Suzana Singer


O óleo subiu… e a gente não viu

Na cobertura do acidente ecológico na bacia de Campos (RJ), a mídia tradicional tomou um olé da blogosfera. A chamada “grande imprensa” demorou a entender a gravidade do que estava acontecendo, reproduziu passivamente a versão oficial e não fez apuração própria.
O vazamento ocorreu na segunda-feira, dia 7 de novembro, quando a pressão do óleo provocou uma ruptura do revestimento do poço. O líquido começou a subir pela coluna de perfuração e vazou também pelas fissuras do solo marinho.
A mancha de óleo foi vista no dia seguinte por petroleiros. Acionada, a norte-americana Chevron informou as autoridades, na quarta-feira, de que o vazamento acontecia em uma de suas plataformas.
No dia seguinte, agências de notícias divulgavam o incidente, com a porta-voz da Chevron falando em “fenômeno natural” e calculando um escape pequeno de óleo.
Só “O Globo” deu destaque ao assunto, mas em um texto tão editorializado que perdia o foco do acidente. O que acontecia no campo do Frade era só mais uma prova da “necessidade de Estados produtores de petróleo terem uma fatia maior dos royalties”. A Folha limitou-se a dar uma pequena nota.
Veio o fim de semana, quando a inércia toma conta das Redações. “Mercado” publicou no sábado, dia 12, uma capa sobre a queda do lucro da Petrobras e, no domingo, um imenso infográfico mostrando como funcionam as sondas de perfuração, sem fazer ligação com a Chevron. Sobre o acidente, só uma nota registrava que o vazamento aumentara.
Enquanto isso, uma luz amarela tinha acendido na blogosfera. O assunto circulava nas redes sociais. No dia 10, o geólogo norte-americano John Amos, 48, da SkyTruth, uma ONG ambientalista que trabalha com fotos aéreas, divulgou em seu site, no Twitter e no Facebook, as primeiras imagens da mancha.
O jornalista Fernando Brito, do blog “Tijolaço.com”, já dizia que a “história estava mal contadíssima”, porque “não é provável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar deixem de ser percebidas nos estudos sísmicos que precedem a perfuração”.
No dia 15, a SkyTruth volta à ação e publica mais duas fotos mostrando que a mancha tinha crescido. “É dez vezes maior do que a estimativa da Chevron”, aposta Amos.
Instigados pelos blogs, leitores começam a cobrar: “A senhora acredita que a cobertura está correta?”, “E se fosse a Petrobras?”.
Só com a entrada da Polícia Federal no caso, a Folha e seus concorrentes começaram a se mexer de fato. O conselho jornalístico “follow the money” virou no Brasil, por preguiça, “follow the police”.
No dia 17, com o inquérito policial aberto, o assunto finalmente foi capa de “Mercado” e ganhou um tom cético -pela primeira vez se aponta possível negligência da empresa. De lá para cá, toda a imprensa subiu o tom e, numa tentativa de compensar o cochilo inicial, vem cobrando duramente a Chevron, que admitiu “erros de cálculo”.
Não é mesmo fácil saber o que acontece em alto-mar, mas, um ano e meio depois da grande tragédia ambiental do golfo do México, é indesculpável engolir releases divulgados por petrolíferas.
Além de recorrer a ONGs e especialistas, os repórteres poderiam ter procurado os petroleiros. O sindicato tinha divulgado uma nota no dia 10. “Os jornais brasileiros foram decepcionantes”, diz C.W., funcionário da Petrobras que sentiu o cheiro do vapor de óleo cru, mesmo estando a cerca de 15 km do local.
Para evitar que seu nome aparecesse, ele pediu à namorada que avisasse a mídia. Ela escreveu para a Folha e para o “Estado” no dia 11:
“Boa noite, Ainda está vazando óleo na bacia de Campos, o vazamento já percorreu quilômetros. É necessário averiguar, pois noticiaram o ocorrido, mas não deram a devida atenção.”
O caso Chevron mostra que faltam jornalistas especializados em cobrir petróleo, o que é grave num país que tem uma estatal do tamanho da Petrobras e que pretende ser uma potência da área com a exploração do pré-sal.
John Amos, da SkyTruth em West Virginia, deixa um alerta: “Se todos esquecerem rapidamente o acidente, porque o vazamento não foi tão grande quanto o do México, aí sim será uma tragédia. Essa é uma oportunidade de questionar a gestão da exploração em águas profundas, em territórios arriscados. Porque haverá um novo acidente. E vocês devem estar preparados para isso”.

sábado, 3 de setembro de 2011

VEJA x JOSÉ DIRCEU

O que esta revista fez com José Dirceu esta semana é algo inacreditável que somente o jornal inglês News of the World conseguiu fazer parecido. O tablóide dominical que tinha 7,5 milhões de leitores, porém, se redimiu e saiu de circulação após 168 anos.
Rupert Murdoch, magnata de comunicação e proprietário do jornal, decidiu acabar com a publicação, por conta do escândalo de grampos ilegais envolvendo o tablóide e a enorme repercussão negativa que o caso teve na Grã-Bretanha. Os repórteres do tablóide foram presos por terem feito exatamente o que fez o repórter Gustavo Pereira, da Veja. Ele, como seus colegas ingleses, instalou equipamentos de monitoramento de imagens e/ou de áudio de pessoas sobre as quais queria informações.
Em sua última edição, News of the World publicou esta capa em que dá adeus a seus leitores. Um dia, Veja há de fazer o mesmo.
Esta semana, a revista Carta Capital analisa mais essa sórdida manipulação da Veja com o seguinte texto:

José Dirceu x Veja
Redação Carta Capital, 29 de agosto de 2011 às 21:50h
Uma conspiração contra o governo Dilma estaria sendo empreendida em um quarto de hotel em Brasília pelo ex-ministro José Dirceu, segundo a reportagem de capa da última edição da revista Veja. Fotos em preto e branco mostram o ex-chefe da Casa Civil e algumas figuras do cenário político do Governo Federal nos corredores de hotel onde o ex-ministro se hospeda. Encontros teriam sido feitos com o ex-ministro ao longo do último semestre, acompanhando a crise e sucessão de escândalos que se instaurou no Planalto desde as primeiras denúncias sobre o ex-ministro Antônio Palocci.
Mas a apuração acabou tornando-se caso de polícia. Um Boletim de Ocorrência foi aberto na Polícia Civil do Distrito Federal para apurar a denúncia de tentativa de invasão do quarto do ex-ministro pelo repórter Gustavo Nogueira Ribeiro, da revista Veja. Na quarta-feira 24, o jornalista, afirma Dirceu, tentou convencer uma camareira de que estava hospedado na suíte do ex-ministro e que havia esquecido as chaves. A camareira não acreditou na história e comunicou a direção do hotel.
No mesmo dia, o ex-ministro foi informado do evento. Em nome do segurança Gilmar Lima de Souza, o episódio foi comunicado à Polícia Civil e está sendo investigado. A direção do estabelecimento afirmou, em entrevista ao blog Viomundo, que as imagens veiculadas pela revista provavelmente não vêm do circuito interno do hotel. Se comprovado, indicaria que a revista utilizou câmeras escondidas para conseguir as imagens.
A reportagem afirma que personalidades políticas como José Sérgio Gabrielli, Fernando Pimentel, Lindbergh Farias, Devanir Ribeiro, Cândido Vaccarezza teriam procurado o petista para aconselhar-se. O conteúdo das conversas não é divulgado pela matéria; José Sérgio Gabrielli, por exemplo, apenas diz que é amigo do ex-ministro e que não iria comentar o encontro.
“Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos, onde quer que seja, sem precisar dar satisfações à Veja acerca de minhas atividades”, explica Dirceu em seu blog. O ex-ministro será julgado, junto com outros réus do caso do Mensalão de 2005, possivelmente no início de 2012. Reinaldo Azevedo, blogueiro e espécie de leão de chácara da publicação, afirma que o episódio mostrado pela Veja mostra que o ex-ministro continua com as mesmas práticas que foram denunciadas no escândalo do Mensalão.
Parceiro de Dirceu acusa jornalista de tentar entrevistá-lo usando outra identidade
Por tabela, o advogado Hélio Madalena acabou se envolvendo na história. Isso porque seu escritório Tessele e Madalena é quem paga e registra o quarto no hotel de luxo, utilizado por Dirceu quando este vem a Brasília. Em entrevista a Carta Capital, Madalena explica que tem um acordo de cooperação técnica com Dirceu. Quando este vai a Brasília, utiliza recursos pagos por Madalena. O mesmo ocorre quando Madalena vai à São Paulo. “Esse acordo prevê a cessão de instalações, logística, infraestrutura e material humano quando o advogado está em trânsito, ou eu em São Paulo ou ele aqui em Brasília. Isso se chama associação de escritórios, que é um procedimento previsto pela lei e no estatuto da ordem”, diz ele. “Existe um registro disso no hotel, eu que pago. Eu uso a estrutura do escritório dele”. O funcionário Alexandre Simas de Oliveira, tido como cicerone na matéria, também é cedido por Madalena como parte deste acordo.
Segundo Madalena, o jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro teria infringido novamente a lei ao tentar entrevistá-lo, utilizando outra identidade. “O jornalista ligou e se apresentou como assessor do prefeito de Varginha. Entrou aqui e começou a fazer perguntas sobre a gestão financeira da empresa”, conta ele, que acionou a Polícia Civil para investigar o caso. Dirceu afirma que o mesmo recurso teria sido usado em uma segunda tentativa de entrar no quarto onde estava hospedado, como um assessor do prefeito de Varginha que pretendia deixar uns documentos para o ex-ministro.
Madalena também consta como vítima no Boletim de Ocorrência que registrou a primeira tentativa de invasão. Sobre os encontros, o advogado afirma que, apesar de parceiros, cada um tem a responsabilidade sobre a atividade exercida quando atendido pela infraestrutura alheia. “O ministro é um homem público, uma liderança partidária, tem toda uma vida pública, tem seus amigos, deve recebê-los quando achar por bem recebê-los”, diz.
“Ela vem numa linha Murdoch há muito tempo, agora agiu como polícia política, polícia de exceção. Elege seus alvos. Elege aquele que ela tem como inimigo para destruir”, diz ele sobre a apuração da Veja. Ele acredita que a Veja colocou a câmera aleatoriamente, não descobriu nada e quando a imagem corria o risco de se perder no tempo, virou um “factóide”.
Madalena afirmou que não entrará com um processo contra a revista por causa da tentativa de invasão. No entanto, pensa em processar a revista devido ao conteúdo da matéria. Na reportagem, a semanal afirma que Madalena fazia lobby político no Brasil ao magnata russo Boris Berezovski, um dos réus de ação penal brasileira, na qual há acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por transações na parceria com o Corinthians.
“Eu não vou entrar em processo, a não ser no caso do russo, que ele levanta uma suspeição, uma injúria, dizendo que eu fazia lobby, quando eu era assessor. No foro adequado, que é justiça, vamos questionar isso”, diz. “To examinando aqui com meus sócios a necessidade de nós, para clientes, amigos, associados, recompor a verdade dos fatos. Eu não tenho nada a ver com o russo. O único lugar que já encontrei com ele foi nas paginas da Veja”, afirma.
Para ele, a invasão ao quarto de Dirceu só não deu certo porque o jornalista estava mal treinado. “A tentativa frustrou-se pelo excesso de trapalhadas. É um aloprado”, diz. Apesar dos problemas, o advogado afirma que continuará alugando a suíte para uso do escritório.
Se comprovadas as denúncias em relação aos jornalistas da Veja, o caso será uma versão brasileira dos escândalos no tablóide News of the World, do conglomerado de Rupert Murdoch. Denúncias de escutas ilegais e práticas antiéticas de apuração fizeram com que o jornal fosse fechado, repórteres e editores presos, sem contar as possíveis vítimas que as práticas ilegais deixaram no caminho. E seu blog, Dirceu faz a relação: “Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra. O tablóide News of the World tinha como prática para apuração de notícias fazer escutas telefônicas ilegais (…)”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MÍDIA QUER PROTESTOS DE RUA

Reproduzo abaixo artigo de Altamiro Borges, publicado no blog Brasil Mobilizado, com o qual concordo plenamente.


Mídia golpista convoca protestos de rua

Por Altamiro Borges

Testando o clima político, a mídia demotucana tem atiçado os seus leitores, telespectadores e ouvintes para sentir se há condições para a convocação de protestos de rua contra o governo Dilma. O mote dos filhotes de Murdoch seria o do combate à corrupção, o da “ética”. A experiência a copiar seria a da “revolução dos indignados” na Espanha.
Na prática, o objetivo seria o de reeditar as “Marchas com Deus”, que prepararam o clima para o golpe de 1964, ou o finado movimento Cansei, de meados de 2007, que reuniu a direita paulistana, os barões da mídia e alguns artistas globais no coro do “Fora Lula”. Até agora, o teste não rendeu os frutos desejados. Mas a mídia golpista insiste!

Visão conspirativa?

A idéia acima exposta pode até parecer conspirativa, amalucada. Mas é bom ficar esperto. Nos últimos dias, vários “calunistas” da imprensa têm conclamado a sociedade, em especial a manipulável “classe média”, a se rebelar contra os rumos do país. Parece algo articulado – “una solo voz”, como se diz na Venezuela sobre a ação golpista da mídia.
O primeiro a insuflar a revolta foi Juan Arias, correspondente do jornal espanhol El País, num artigo de 11 de julho. O repórter, que adora falar besteiras sobre o Brasil, criticou a passividade dos nativos, chegando a insinuar que impera no país a cultura de que “todos são ladrões”. Clamando pela realização de protestos de rua, ele provocou: “Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam”.

O Globo e Folha

Logo na sequência, dia 17, O Globo publicou reportagem com o mesmo tom incendiário. O jornal quis saber por que o povo não sai às ruas contra a corrupção no governo Dilma. Curiosamente, o que prova as péssimas intenções da famiglia Marinho, o diário só não publicou as respostas do MST, que desmascaram as tramas das elites (leia aqui).
Já nesta semana, o jornal FSP (Folha Serra Presidente) entrou em campo para reforçar o coro dos “indignados”. No artigo “Por que não reagimos”, de terça-feira (19), o colunista Fernando de Barros e Silva, que nunca escondeu a sua aversão às forças de esquerda, relembrou a falsa retórica udenista do falecido Cansei.

O resmungo dos “calunistas”

“Por que os brasileiros não reagem à corrupção? Por que a indignação resulta apenas numa carta enviada à redação ou numa coluna de jornal. Por que ela não se transforma em revolta, não mobiliza as pessoas, não toma as ruas? Por que tudo, no Brasil, termina em Carnaval ou em resmungo?”.
Hoje, 21, foi a vez de Eliane Cantanhêde, a da “massa cheirosa do PSDB”. Após exigir que Dilma seja mais dura contra a corrupção, ela cobra uma reação da sociedade. “A corrupção virou uma epidemia… E os brasileiros que estudam, trabalham, pagam impostos e já pintaram a cara contra Collor, não estão nem aí? Há um silêncio ensurdecedor”.

Seletividade da mídia

Como se observa, o discurso é o mesmo. Ele conclama o povo a ir às ruas contra a corrupção… no governo Dilma. De quebra, ainda tenta cravar uma cunha entre a atual presidenta e o seu antecessor. A corrupção seria uma “herança maldita” de Lula. A intenção não é a de apurar as denúncias e punir os culpados, mas sim a de sangrar o atual governo.
Na sua seletividade, a mídia demotucana nunca convocou protestos contra o roubo da privataria tucana ou contra a reeleição milionária de FHC. Ela também nunca se indignou e exigiu que sejam desarquivadas as quase 100 CPIs contra as maracutaias do governo do PSDB de São Paulo. Para a mídia golpista, o discurso da ética é funcional. Só serve para os inimigos!

Acorda Dilma!

É bom a presidenta Dilma ficar esperta. O tempo está se esgotando. A fase do “namorico” com a mídia acabou. Das denúncias de corrupção, que já sangram o governo há quase dois meses, a imprensa partidarizada já passou para a fase da convocação de protestos de rua. Como principal partido da oposição, a mídia retomou a ofensiva. E o governo se mantém acuado, paralisado, sem personalidade.

sábado, 16 de julho de 2011

“SE DEPENDESSE DA GLOBO, EU ESTARIA MORTA”

A declaração da jornalista Cristina Guimarães – vencedora do Prêmio Esso de Reportagem, em 2001, junto com Tim Lopes, pela série “Feira das drogas” – promete causar polêmica e agitar os bastidores do caso que ficou conhecido em todo o país.
De volta ao Brasil após passar oito anos se escondendo de traficantes da Rocinha, que ameaçavam matá-la depois de reportagem veiculada no Jornal Nacional, ela conta em livro como a TV Globo lhe virou as costas e garante que Tim Lopes poderia estar vivo se a emissora tivesse dado atenção às ameaças recebidas.
De acordo com Cristina, sete meses antes de Tim ser morto por traficantes do Complexo do Alemão, ela entrou com uma ação judicial de rescisão indireta, na qual reclamava da falta de segurança para jornalistas da emissora. As denúncias integram o livro que está sendo escrito por Cristina e deve ser lançado nos Estados Unidos, no início do próximo ano. A obra, segundo a jornalista e publicitária, também deve virar filme.
“Não dava para escrever meu livro no Brasil. Aqui a Globo ainda tem uma influência muito forte e a obra poderia ser abafada de alguma maneira. Com o apoio do governo americano, fica mais fácil lançar nos EUA”, pondera.
O que motivou as suas denúncias de omissão contra a TV Globo na Justiça?
Trabalhei durante 12 anos na TV Globo. Em 2001, estava fazendo produção para o Jornal Nacional junto com o Tim Lopes. Produzíamos as matérias de jornalismo investigativo do telejornal. Quando o Tim trouxe o material da feira de drogas ao ar livre na Favela da Grota (Complexo do Alemão), a chefia de reportagem me chamou e perguntou se eu conhecia outras feiras deste tipo. Respondi que na Rocinha e na Mangueira o mesmo acontecia e a chefia do JN me pediu para fazer imagens lá. Fui três vezes à Rocinha e duas à Mangueira, para conseguir um bom material. Na primeira vez que estive nos dois lugares, reclamaram que as imagens não estavam boas e exigiram que eu voltasse até o material estar com boa qualidade. O grande problema começou um mês depois da exibição da série. Comecei a ser duramente ameaçada por traficantes, sem nenhum respaldo da emissora, e decidi ingressar com uma ação judicial pedindo segurança.
Quando começaram as ameaças de traficantes?
Por volta de um mês depois da exibição das matérias, começaram a me telefonar de um orelhão que fica dentro da Favela da Rocinha me chamando de ‘Dona Ferrada’ e dizendo que me pegariam. Diziam também que eu não escaparia, era questão de tempo. Diante das constantes ligações, conversei com a chefia do JN e pedi proteção. Fui ignorada. Dias depois, sequestraram um produtor do Esporte Espetacular, o levaram para um barraco na Rocinha. Bateram muito no coitado. Os traficantes queriam saber se ele sabia quem tinha ido à favela fazer as imagens, mas o produtor não sabia. Era de uma editoria diferente da minha e realmente não sabia. O que me assustou foi que a TV Globo não me falou nada. Eu estava voltando de um mês de férias e soube do episódio pela Folha de S. Paulo. Quiseram abafar as ameaças e a ligação entre os dois casos: as ameaças feitas contra mim e o sequestro do Carlos Alberto de Carvalho. O episódio me deixou ainda mais assustada, porque aí eu tive a certeza de que não podia contar com a emissora para nada. Procurei a polícia, registrei o caso na 10ª DP (Gávea), mas acho que sentaram em cima do processo. Na verdade, devem estar esperando para ouvir a outra parte – os traficantes. (risos).
Então, com a denúncia à polícia as ameaças não pararam?
Muito pelo contrário. A coisa corria solta e ninguém fazia absolutamente nada. Mas o que tirou meu sono foi quando prenderam um garoto da Rocinha que pagava propina a um coronel. Fui cobrir o caso e me desesperei. Ao encontrar o moleque detido, ele olhou bem para mim e disse ‘É, tia! Eu tô ferrado, mas tu também tá. Tá todo mundo atrás de você lá na Rocinha. Tua cabeça tá valendo R$ 20 mil’. Naquele momento, tomei a dimensão da situação em que eu me encontrava. Ele descreveu a roupa que eu usava quando ia à favela fazer as imagens. Todo o meu disfarce: meu boné surrado, a bermuda, a cor da camiseta.

Com o processo você conseguiu desligamento da TV Globo?
Sim. Por meio da ação judicial que emplaquei no Ministério do Trabalho, meu vínculo com a TV Globo acabou. Sinceramente, hoje eu tenho mais medo da TV Globo do que dos traficantes. O traficante pode te ameaçar e ser violento. No entanto, ele avisa e depois cumpre. A TV Globo é traiçoeira. Enquanto você é subordinado e faz o que te pedem, você é bonzinho. Já quando você questiona os riscos que ela te impõe e se nega a fazer alguma coisa por temer pela sua própria vida, você é tachado de louco. Traficantes me parecem mais confiáveis.
Você acha que estaria morta se não tivesse travado uma briga judicial com a TV Globo para não ser mais obrigada a produzir matérias que colocassem sua vida em jogo?
Já estaria morta há muito tempo. A Globo não quis saber se eu corria risco de vida. Os meus chefes diziam que as ameaças que eu recebia por telefone eram coisas da minha cabeça. Não me arrependo de ter largado a Globo para trás. A minha vida vale muito mais do que R$ 3.100, que era o meu salário em 2001.

A morte do Tim poderia ter sido evitada pela emissora?Sem dúvida nenhuma. Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo. Sete meses depois, eles pegaram o Tim. Na ocasião do Prêmio Esso, antes de o Tim ser morto, eu liguei para ele e o alertei sobre os riscos de ter exposto seu rosto nos jornais. Na nossa profissão, é preciso ter muito cuidado para mostrar a cara. É muita ingenuidade achar que traficante não assiste TV e não lê jornal.
Procurada pela reportagem do Jornal do Brasil, a assessoria da Rede Globo não retornou às solicitações para esclarecimento das acusações desta matéria.

N.L.: Lambido do Jornal do Brasil online. Você não verá isto publicado em nenhum órgão da Rede Gloebbels.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

MANIPULAÇÕES DE O GLOBO

"Senado aprova Copa com sigilo e sem licitação
O governo venceu a batalha no Senado e aprovou com folga o regime especial que dispensa licitações e mantém o sigilo sobre obras da Copa." 
Se isto fosse verdade, mereceria manchete em corpo 90 no alto da capa do jornal. Como se trata de mera manipulação, mereceu apenas cinco centímetros de coluna.
O Globo não tem qualquer escrúpulo nem respeito pelo leitor quando quer combater o governo. Pela nova lei, não haverá dispensa de licitações nem sigilo sobre as obras.
A verdade é que nas licitações para as obras da Copa os interessados em sua execução  não mais saberão quanto o governo terá para gastar. Assim, não poderão fazer acordos entre si para participar das licitações. Cada um terá que apresentar o seu preço. Encerrada e aprovada a licitação, todos saberemos seu resultado e quanto custará a obra.
É o mesmo que acontece com cada um de nós quando vamos contratar um profissional para executar uma reforma, uma pintura, uma revisão elétrica, em nossa própria casa. Como não somos trouxas, pesquisamos o preço com alguns profissionais sem dizer a eles o quanto temos para gastar.
Não satisfeito com manipulação tão primária, O Globo apresenta a manchete "Dilma desmonta esquema de corrupção da época de Lula" sobre a exoneração do Ministro dos Transportes.
É verdade. A corrupção deste ministério vem de longe, assim como a investigação da Controladoria Geral da União e da Polícia Federal. Qualquer investigação sobre corrupção leva tempo e esta começou sob sigilo em 2009 - com Lula presidente - e somente agora foi encerrada.
Somente agora tudo ficou provado e a Dilma agiu rigorosamente demitindo os corruptos.
Simples assim, nada a ver com "corrupção da época de Lula".

sábado, 2 de julho de 2011

DOMINIQUE STRAUSS-KHAN

“Camareira deu falso testemunho ao júri”, dizem os promotores americanos.
O advogado de defesa teve dificuldade para negar informações sobre indivíduos que, nos últimos dois anos, depositaram cerca de US$ 100 mil na conta bancária da camareira que acusou DSK de estupro. E não puderam negar uma conversa telefônica com um preso na qual a suposta vítima "discutiu sobre o interesse de continuar as acusações contra Strauss-Kahn”.
Sobre o dinheiro, o advogado limitou-se a dizer que "não se trata de US$ 100 mil". Quanto à ligação com o preso, o advogado admitiu que ocorreu: "Quando estava ao telefone com este homem, que ela não sabia que era um traficante de drogas, disse o que aconteceu no quarto do hotel e foi consistente com o que havia contado ao júri e aos promotores desde o primeiro dia", afirmou o advogado.

O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn foi libertado nesta sexta-feira de sua prisão domiciliar depois de uma reviravolta no caso, com a revelação de suspeitas sobre a credibilidade da vítima. As acusações, contudo, foram mantidas e ele não deve deixar o país até o fim do julgamento.
O escândalo levou DSK a renunciar ao cargo no FMI e acabou com suas chances de concorrer à Presidência francesa em 2012. Ele era um dos favoritos.
A acusação contra ele ainda não foi retirada. Mas, na França, Dominique foi inocentado. Em toda a mídia francesa só se fala nisso. Humilhados publicamente pelos americanos que se apressaram em condenar um dos políticos mais populares do país como um “pervertido”, os franceses tiveram o primeiro gosto de revanche contra um país que eles admiram tanto quanto detestam.
Este caso tem paralelo com o caso Palloci. Demonstra bem o que a imprensa é capaz de fazer. Em ambos, o objetivo foi apenas encerrar a carreira política de fortes candidatos ao governo. Um em São Paulo, outro na França.
Senão, por que será que a imprensa abandonou o caso Palloci e não se aprofundou nas razões do seu suposto enriquecimento “ilícito”?

terça-feira, 21 de junho de 2011

MERCADANTE É A BOLA DA VEZ

Agora que o Palloci é carta fora do baralho e o Fernando Haddad se aquietou com a falsa polêmica do “nóis pega o peixe”, o outro provável candidato do PT ao governo de São Paulo ganha as manchetes.
Aloísio Mercadante está na pauta, é o assunto do dia. Após algumas pequenas notas na Folha e no Estadão, Veja vomita uma reportagem com as reminiscências do que na época – há mais de cinco anos – essa mesma imprensa chamou de “dossiê dos aloprados”. O Globo foi logo atrás e publica hoje na cabeça da primeira página, em quatro colunas, que o MP quer retomar a investigação sobre o caso. Pegaram um promotorzinho de Cuiabá, naturalmente sedento de publicidade, para falar em nome do Ministério Público.
A oposição moribunda está vibrando com mais este linchamento público que não vai levar a nada. Certamente vai querer instaurar uma CPI para colocar novos holofotes sobre o caso e dar-lhe mais tempo de vida na pauta.
Vão tentar derrubar mais um ministro. O objetivo é perturbar o governo Dilma e não permitir que o PT apresente um candidato forte ao governo de São Paulo.
A Veja só não diz que o dossiê versava sobre um fato verdadeiro: a Máfia das Ambulâncias - que teve origem na gestão do então Ministro José Serra em 2001 - descoberta pela Operação Sanguessuga da Polícia Federal em 2006. O esquema era comandado pela empresa Planam, de Mato Grosso, da família Vedoin (Luiz Antonio e seu pai, Darci) e envolvia parlamentares e funcionários do Ministério da Saúde.
O dossiê continha vídeos e fotos em que José Serra aparece, junto com vários deputados incriminados no esquema de fraudes, entregando pessoalmente as ambulâncias em diversos municípios do Brasil e agradecendo o empenho destes nas emendas parlamentares junto a pasta da saúde. Isto além de uma reportagem da IstoÉ com depoimento dos Vedoin, fotos diversas e reportagens do Correio Brasiliense, mostrando um ofício do Secretário Executivo do Ministério da Saúde, na gestão Serra, determinando ao Fundo Nacional de Saúde para “providenciar o empenho e elaboração do convênio com os municipios”.

LULA FALA DE BLOGS AOS BLOGUEIROS

No 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, Lula falou sobre a importância dos blogueiros como fonte de informações alternativas. Falou da imprensa, dos falsos formadores de opinião, de democracia, de liberdade e da liberdade de expressão. Falou ainda da banda larga para todos, das mulheres e da bolinha de papel, entre outros temas.
Vale a pena ver e ouvir.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

MÍDIA MUDA DE ASSUNTO

Quando faz o linchamento de alguém, a mídia o faz sempre no futuro do pretérito. Foi assim no caso Palloci e será sempre que a mídia quiser destruir alguém, isto é, o massacre é feito no condicional que indica ser a verdade de uma proposição dependente da verdade de outra.
A manipulação fica oculta e o leitor não vê os sofismas. Nem aqueles mais críticos e conscientizados.
Não importa se a manifestação do Procurador Geral da República, feita no imperativo afirmativo, foi pela legalidade e retidão das atividades profissionais de Palloci e pela inexistência de qualquer fundamento nas alegações apresentadas pela imprensa sobre sua conduta.
Mesmo assim, e considerando que a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo, Dilma e Palloci decidiram pelo afastamento do “primeiro ministro”.
A Rede Gloebbels comemorou a sua saída e, depois, mudou de assunto. Palloci era carta fora do baralho e não mais interessava à pauta.
Quando à frente da Fazenda, Palloci conquistou a imagem  de pilar da estabilidade macroeconômica no mundo financeiro e empresarial.
Palloci sempre esteve nos corações e mentes dos investidores que sugeriram à Dilma o seu nome para a Casa Civil, Fazenda ou presidência do Banco Central, para o bem da economia. O HSBC até previu que a Bolsa reagiria positivamente se Palloci fosse para a Casa Civil.
Os clientes de Palocci estão entre as maiores empresas do país: Itaú Unibanco, Pão de Açúcar, Íbis, LG, Samsung, Claro-Embratel, TIM, Oi, Sadia Holding, Embraer Holding, Dafra, Hyundai Naval, Halliburton, Volkswagen, Gol, Toyota, Azul, Vinícola Aurora, Siemens, Royal Transatlântico.
Como não podem existir corruptos sem corruptores, por que a imprensa e a oposição não foram pra cima dessas grandes empresas cobrar explicações? Por que são grandes anunciantes da Rede Gloebbels e importantes financiadoras das campanhas políticas?
Sim. E também porque Palloci não tem mais condições de se eleger governador de São Paulo. Participando do sucesso do governo Dilma, Palloci seria o candidato natural que reuniria o útil – o apoio de Lula e do mundo financeiro e empresarial – com o agradável – o voto da classe média paulista.
Toda a campanha contra ele, agora esquecida, teve como objetivo apenas este: manter a moribunda oposição – PSDB/DEM – no governo de São Paulo.

domingo, 29 de maio de 2011

ÉPOCA QUER MATAR A DILMA

A capa desta semana da Época supera qualquer outra defecada pelo departamento de arte da Veja. Abusaram do photoshop para fechar os olhos da Dilma e dar-lhe uma máscara mortuária.
Tudo para simular uma suposta gravidade dos problemas de saúde da presidenta.
Vejam abaixo a foto original e aquela que aparece na sórdida e funesta capa. É a mesma foto: reparem no ângulo das fotos, nos lábios, notem o brinco à direita e a pérola na corrente do colo.

O jornalismo de esgoto não termina aí. Ainda publica todas as avaliações clínicas, os exames realizados e os medicamentos que foram prescritos numa clara demonstração de quebra do sagrado sigilo entre médico-paciente. Tudo para insinuar que a presidenta está à beira da morte.

Assim a Rede Gloebbels se mantém na sórdida campanha contra o governo e contra o país. Que prestígio internacional poderá conquistar uma presidenta moribunda?
Os médicos, porém, desmitificam mais esta farsa da nossa imprensa cínica, mercenária, demagógica, corrupta e, agora, também sórdida e agourenta.
SÃO PAULO - A íntegra do relatório médico sobre a presidente Dilma Rousseff, assinado pelos médicos Antônio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico, e Paulo Ayroza Galvão, diretor clínico do Hospital Sírio-Libanês:
"Por solicitação da Exma. Presidenta da República, Sra Dilma Vana Rousseff, o Hospital Sírio-Libanês emite o presente relatório médico.
No início de 2009 a Presidenta Dilma Vana Rousseff foi submetida a avaliação clínica por seu cardiologista, Professor Dr. Roberto Kalil Filho, quando foram indicados exames de rotina, incluindo uma angiotomografia de coronárias, realizada em 20 de março de 2009 no Hospital Sírio-Libanês. Neste exame foi detectado um nódulo axilar esquerdo, com 2,3 cm. de diâmetro e características suspeitas. Uma biópsia excisional deste gânglio foi realizada no dia 3 de abril de 2009, e o diagnóstico final foi de Linfoma Difuso de Grandes Células do tipo B, CD20 positivo. Exames de estadiamento incluíram PET-CT e biópsia de medula óssea, sem achados adicionais. O estadiamento final foi IA.
De abril a julho de 2009, a Sra. Presidenta recebeu tratamento específico para seu tipo de linfoma, incluindo 4 ciclos de R-CHOP (Rituximab, Ciclofosfamida, Vincristina, Doxorrubicina e Prednisona). Durante o tratamento a paciente apresentou miopatia por corticóides e neutropenia transitória. Como complementação ao tratamento quimioterápico, foi indicada e realizada radioterapia envolvendo a axila e fossa supra-clavicular esquerdas. Após o término do tratamento, a paciente foi considerada em remissão completa, passando a acompanhamento de rotina.
Em 23 de dezembro de 2009 a Presidenta Dilma veio a este hospital com sintomas de vias aéreas superiores, acompanhados de febre baixa, sendo diagnosticada com Influenza A (H1N1), por técnica de PCR no swab nasal, tendo sido tratada com Oseltamivir, com resolução completa do quadro.
Em 20 de março de 2010, a Sra. Presidenta apresentou um edema na região cervical. Nesta mesma data, optou-se pela retirada do cateter venoso central (port-a-cath) com resolução quadro clinico.
Na noite de 30 de abril de 2011, a Sra. Presidenta deu entrada no Hospital Sírio-Libanês com sintomas de tosse, febre e mal-estar geral. Foram realizados exames completos que incluíram sorologias, hemoculturas, exames gerais e tomografia de tórax. O diagnóstico final foi de uma broncopneumonia. A Sra. Presidenta foi tratada com os antibióticos Ceftriaxona e Azitromicina, com resolução completa dos sintomas. Os exames sorológicos específicos e culturas não identificaram o agente etiológico. Na mesma data, foram realizados exames de imagem e de sangue para controle do linfoma, todos com resultados negativos. A Presidenta Dilma continua em remissão completa do linfoma, e não há nenhuma evidência de deficiências imunológicas, associadas ou não ao tratamento do linfoma realizado em 2009.
Em 21 de maio de 2011 a Sra. Presidenta realizou tomografia de tórax de controle, mostrando resolução completa do quadro de pneumonia detectado no mês anterior.
Do ponto de vista médico, neste momento a Sra. Presidenta apresenta ótimo estado de saude.
As equipes que assistem a Sra. Presidenta são coordenadas pelos Profs. Drs. Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Yana Novis, David Uip, Raul Cutait, Carlos Carvalho e Milberto Scaff, Julio Cesar

sábado, 21 de maio de 2011

SUDERJ INFORMA: sai Mantega, entra Palocci

Como a catastrófica inflação galopante prevista pela Rede Gloebbels não aconteceu, os déspotas da imprensa terrorista abandonaram o ministro da fazenda e partiram para o ataque contra o ministro da educação com a falsa polêmica sobre o livro “Por uma vida melhor” que ensinaria as criancinhas a falar errado.
Diante da reação imediata da “blogosfera” e da intelectualidade, a Rede Gloebbels desistiu de mais um combate perdido e abriu uma nova frente batalha contra o governo.
Agora, o alvo do ataque é o ministro Palocci que ganhou uma boa grana enquanto esteve fora do governo Lula, tal como todos os outros ministros da fazenda desde Delfim Neto.
Parece que a imprensa calhorda, cínica, manipuladora, mercenária, demagógica e corrupta, não tem a coragem de atacar diretamente a Dilma, mas tem como único objetivo enlamear o seu governo. E apontam a sua artilharia para o principal ministro de seu governo.
Folha, Estadão, Globo e Veja, hoje, apresentam na primeira página acusações contra Antonio Palocci. Ontem, o Jornal Nacional também dedicou um bom tempo para atacá-lo. Enquanto isso, a oposição moribunda vai apresentando pedidos de CPI contra o ministro.
O caso pode afetar a confiança de investidores estrangeiros no país e assim perturbar o governo Dilma:
“Palocci é uma espécie de salvaguarda do bom senso no governo. Uma saída do ministro poderia ter impacto negativo nas decisões de investimento de longo prazo”, disse um banqueiro à Folha de São Paulo.
“Palocci é a ponte para reformas de mais fôlego no Congresso. Em um governo em que o longo prazo já não existia muito, se a situação do ministro se complicar, esse será um governo apenas de curto prazo”, avaliou Sérgio Vale, economista da MB Associados.
É isso que eles querem, pouco importa a situação econômica do país. Para a Rede Gloebbels, quanto pior melhor.
Mas, foi a moribunda oposição que ajudou a criar a brecha legal que hoje ajuda Palocci como demonstrou José Roberto de Toledo. Leiam o que ele escreveu no Estadão na quinta-feira:


“O Executivo federal apresentou, em 2006, um projeto de lei para proibir os chamados funcionários públicos “anfíbios” de usarem informações privilegiadas obtidas no exercício do cargo para se beneficiarem financeiramente.
O projeto de lei proíbe, entre outras coisas, que servidores de alto escalão – desde ministros aos assessores de nível superior 5 e 6 – se licenciem do serviço público sem remuneração para prestar qualquer tipo de serviço de consultoria privada.
Na época, houve notícia de funcionários da Receita Federal e do Banco Central que ganhavam dinheiro com informações obtidas no exercício da função pública alternando períodos no serviço federal e na iniciativa privada.
O texto, elaborado pela Controladoria Geral da União (CGU), também ampliava de quatro meses para um ano a “quarentena” durante a qual quem deixa o governo fica proibido de exercer função que entre em conflito com o interesse público.
O projeto teve sua tramitação retardada na Câmara por um recurso do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), em 2008, que evitou sua aprovação definitiva pela comissão que o apreciava. Assinaram o recurso 52 deputados, a maioria do DEM, mas também alguns do PSDB.
A justificativa técnica foi que a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público não realizou audiência pública sobre o projeto. O argumento político foi que o texto dava poderes excessivos para a Comissão de Ética Pública. Como consequência, o projeto teve de entrar na interminável fila de votação do plenário.
Mesmo que tivesse sido aprovado pelo Congresso e entrado em vigor, o projeto não contemplaria o caso do ministro Antonio Palocci. O atual ministro-chefe da Casa Civil enriqueceu prestando consultoria depois de deixar o Ministério da Fazenda, em março de 2006, e após cumprir a “quarentena”.
As contestações atuais se devem ao fato de ele ter voltado ao governo sem que se saiba quais foram seus clientes de 2006 a 2010. Sem essa informação, é impossível para a CGU, por exemplo, verificar se as empresas para as quais Palocci prestou serviço gozam de tratamento privilegiado na atual gestão.
Infelizmente, ninguém descobriu até agora uma legislação que obrigue o ministro a tornar públicos os nomes de seus antigos clientes. Palocci argumenta que não pode revelá-los porque está sujeito ao sigilo comercial. Assume, assim, o desgaste político da falta de transparência, mas escapa pelos buracos da legislação.
Como sempre repetem alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), todos são inocentes até que se prove um fato concreto cuja definição como crime esteja prevista em lei. Para sorte de Palocci, até a oposição ajudou que a legislação seja ineficiente e omissa.”

sábado, 9 de abril de 2011

ÉPOCA x CARTA CAPITAL

Diz a Carta Capital que os leitores de Época – braço da Rede Gloebbels - foram enganados: Infelizmente, os leitores de Época não foram informados corretamente a respeito do conteúdo do relatório escrito, com bastante rigor e minúcias, pelo delegado (Luís Fernando) Zampronha. Em certa medida, sobretudo na informação básica mais propalada, a de que o “mensalão” havia sido confirmado, esses mesmos leitores foram enganados. Não há uma única linha no texto que confirme a existência do tal esquema de pagamentos mensais a parlamentares da base governista em troca de apoio a projetos do governo no Congresso Nacional.”



















Toda a imprensa mercenária, sórdida e corrupta, repercutiu a matéria da Época como prova do “mensalão” e sua estreita relação com Lula.
Carta Capital, no entanto, reproduziu todo o relatório da Polícia Federal provando justamente o contrário. Leia aqui.

domingo, 3 de abril de 2011

A DIVERGÊNCIA ENTRE LULA E DILMA

“Não há hipótese de haver divergência com a Dilma. Porque quando houver divergência, ela estará certa”.
A frase foi dita por Lula, em Portugal, na entrevista que concedeu à BBC. É de uma inteligência que assusta, mesmo quando dita pelo ex-presidente.
Mesmo assim, O Globo mantém sua disposição de jogar um contra o outro em um jogo de vaidades e disputas. É o que demonstra a sua primeira página de hoje.
A imprensa jamais poderá sobreviver sem o Lula.