Mas, eu sempre ouvi dizerem que o aumento do preço de combustível é sinônimo de inflação. Se tudo no país sempre foi transportado por rodovias, quando a gasolina sobe, o frete encarece e o custo de vida dispara. Ninguém nunca duvidou disto.
O que quer a imprensa? Derrubar a economia, favorecer os investidores com a volta da inflação? Ou será que sou um analfabeto funcional que não entende o que lê e o que ouve?
Dilma exigiu a redução do valor dos contratos com as empresas de energia elétrica e garantiu a redução de 20% na conta de luz dos consumidores. Os formadores da opinião publicada gritaram: as empresas vão quebrar, não terão como investir, os reservatórios vão secar, o apagão é inevitável.
Inúmeras reportagens anunciaram o caos. Repórteres se deixaram filmar em açudes secos pedindo a ajuda de São Pedro para evitar o apagão. Economistas afirmaram que as empresas não mais teriam recursos para investir e que o governo não poderia mexer nos contratos.
Mas, as empresas de energia elétrica sempre puderam cobrar mais porque precisavam de dinheiro para investir e garantir a oferta. Agora, depois de 20 anos e lucrativos contratos os cálculos não podem ser refeitos?
Mentes brilhantes sempre afirmaram que era preciso baixar impostos e contribuições, que o custo Brasil era muito elevado, que o preço da energia prejudicava a indústria.
Por que reclamaram quando a Dilma resolver baixar a conta para a indústria e, também, para nós mortais?
A taxa básica de juros foi caindo até chegar a 7,5% ao ano. Há dez anos, era de 27.5%. Dilma exigiu que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil reduzissem a agiotagem contra os correntistas. Imediatamente ganharam mais clientes e uma saraivada de críticas dos brilhantes comentaristas.
Veja, O Globo, Folha e toda a corja de comentaristas de rádio e TV bradaram colericamente contra a redução de juros. Afirmaram que o governo estava interferindo na liberdade de mercado, o que não poderia ocorrer em país democrático. Apostaram que o sistema financeiro não poderia aguentar. Vamos todos para o buraco, diziam. Que a poupança e a renda fixa não mais seriam bons portos seguros para a economia dos brasileiros.
Mas, se passamos anos ouvindo que nossa taxa de juros era a mais alta do mundo, que os bancos precisavam de um freio, que era a ganância do capital que alimentava a inadimplência e sufocava a indústria e os empresários. Por que a imprensa foi contra reduzir o absurdo lucro dos bancos?
Agora, o Ministro Mantega pede ao prefeito de São Paulo que segure o aumento das passagens de ônibus. O Globo diz que ele está maluco, que isso é coisa de país atrasado, de ditaduras fascistas que à força controlam os preços.
Mas, a passagem de ônibus em São Paulo é a mais cara do país e o serviço um dos piores. Será que não podem segurar o reajuste por alguns poucos meses? Qual o problema do ministro preservar o bolso dos três milhões de passageiros paulistanos? Qual o problema do prefeito concordar? Se adiar os aumentos contém a inflação, qual o erro? Será que O Globo prefere que a passagem seja logo aumentada?
Como tanta gente formada e bem informada pode insistir em aumentos nos preços da energia, do combustível, da passagem de ônibus e dos juros bancários alegando que isso é para o bem do país e da economia de mercado?
Será que sou de fato um analfabeto funcional? Ou será que a imprensa cínica, demagógica, manipuladora e corrupta somente visa a sua volta ao poder?
Com certeza absoluta, vão atacá-la e censurá-la por isto.
Ao final de seu pronunciamento, ela, sem paternalismos, conclamou a família – pais e mães – a investir na educação de seus filhos afirmando que “educação não é apenas um dever do Estado e um direito do cidadão. É também tarefa da família e responsabilidade de todos, sem exceção. A educação começa com você... Somente sua atenção como pai, como mãe, vai estimular seu filho na escola”.
N.L.: confesso que a forma e algum conteúdo deste texto foram lambidos do texto de alguém. Como não lembro de quem, deixo de citar a fonte.